Governos do Catar e da Turquia também vão mediar negociações para uma pausa no conflito entre o grupo terrorista e Israel. Guerra se aproxima do 14º mês. Palestinos caminham por cidade destruída na região central da Faixa de Gaza, em 29 de novembro de 2024
REUTERS/Abd Elhkeem Khaled
O grupo terrorista Hamas anunciou nesta sexta-feira (29) que está enviando uma delegação ao Egito para negociações de cessar-fogo com Israel. A nova tentativa contará com mediação dos Estados Unidos, Catar, Egito e Turquia. As conversas devem começar no sábado (30).
Nesta semana, os Estados Unidos anunciaram que iniciaram uma nova tentativa para uma negociação entre Israel e o Hamas para colocar fim no conflito na Faixa de Gaza, que já dura quase 14 meses.
. Um acordo para cessar-fogo está travado desde junho, quando o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução para acabar com o conflito.
De lá para cá, Israel e Hamas trocaram acusações de que as negociações estavam paralisadas por causa de pedidos "inaceitáveis" dentro do acordo. Em determinado momento, o Hamas anunciou que iria deixar as negociações. Em novembro, o Catar também disse que iria suspender a mediação.
Agora, após um cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hezbollah no Líbano, surgiu uma nova expectativa de que o governo israelense também consiga a chegar a um acordo com o Hamas.
Apesar da nova tentativa, autoridades de Israel demonstraram certo ceticismo em relação a um acordo com o Hamas nos últimos dias. Na quarta-feira, um ministro do governo afirmou que a questão do Líbano era diferente da de Gaza.
"Estamos no começo do fim [da operação em Gaza]? Definitivamente não. Ainda temos muito o que fazer", afirmou Avi Dichter, que integra o gabinete de segurança de Israel.
O Hamas ainda mantém 101 reféns na Faixa de Gaza, que foram sequestrados no dia 7 de outubro de 2023. Naquele dia, os terroristas invadiram Israel e lançaram um ataque em várias frentes, iniciando o conflito na região.
Sami Abu Zuhri, que integra a cúpula do Hamas, disse à agência Reuters que espera que o acordo entre Israel e o Líbano pavimente o caminho para terminar o que chamou de genocídio contra os palestinos.
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