Mundo caixão

Freira quebra protocolo e chora diante do caixão do papa Francisco

Enquanto os cardeais e bispos se despediam de Francisco, um por um, uma pequena religiosa quebrou o protocolo e ficou de lado, rezando por vários minutos sem que ninguém pudesse lhe dizer nada: era a irmã Geneviève Jeanningros, uma amiga do papa que o havia levado aos excluídos de Roma, os feirantes e as transexuais.

Por Agencia 217

23/04/2025 às 23:14:09 - Atualizado há

Enquanto os cardeais e bispos se despediam de Francisco, um por um, uma pequena religiosa quebrou o protocolo e ficou de lado, rezando por vários minutos sem que ninguém pudesse lhe dizer nada: era a irmã Geneviève Jeanningros, uma amiga do papa que o havia levado aos excluídos de Roma, os feirantes e as transexuais.

A freira de 81 anos, integrante das Pequenas Irmãs de Jesus, que carregava uma mochila nos ombros, aproximou-se discretamente do local onde foi colocado o caixão do papa Francisco, que morreu na segunda-feira aos 88 anos, para rezar e chorar em silêncio. Embora não fizesse parte do protocolo rigoroso que exigia que cardeais, bispos e funcionários do Vaticano fossem os primeiros a se despedir do pontífice, ninguém ousou dizer à freira que aquele não era o seu lugar, e ela permaneceu ali por vários minutos.

Francisco chamava de “enfant terrible”, essa freira que há 56 anos se dedica a ajudar mulheres transgênero e feirantes em Óstia, na costa da região do Lácio. Todas as quartas-feiras, a irmã Geneviève começou a levar para as audiências gerais no Vaticano grupos de homossexuais e transexuais, muitas das quais trabalham como prostitutas nesta área decadente nos arredores de Roma.

Em meio à pandemia do coronavírus, junto com o pároco da Santíssima Virgem Imaculada Conceição, na cidade de Torvaianica, dom Andrea Conocchia, bateu à porta do cardeal esmoleiro Konrad Krajewski, pedindo-lhe que levasse ajuda às pessoas que trabalham nas feiras e à comunidade trans: cerca de 40 ou 50 pessoas, muitas delas sul-americanas, que não podiam mais trabalhar.

Em uma das quarta-feiras, acompanhou Cláudia, Marcela e muitas outras transexuais para encontrar o papa. “Uma delas inclusive foi morta logo depois. Elas tiraram uma foto com o papa, eu levei para ele, e ele rezou por ela”, contava a irmã Geneviève à imprensa do Vaticano. Essa mesma freira também organizou uma visita do papa ao parque de diversões de Ostia em 31 de julho de 2024, para que pudesse se encontrar com os feirantes.

*Com informações da EFE
Publicado por Carolina Ferreira

Fonte: Jovem Pan
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