Cientistas da Universidade de Southampton conseguiram armazenar o genoma humano completo no "chip da eternidade", item que faz parte do arquivo Memória da Humanidade, guardado na caverna de sal de Hallstatt, na Áustria.
Cientistas da Universidade de Southampton conseguiram armazenar o genoma humano completo no "chip da eternidade", item que faz parte do arquivo Memória da Humanidade, guardado na caverna de sal de Hallstatt, na Áustria. O objetivo desse armazenamento de dados é guardar tudo que seja necessário, em termos de informação, para trazer de volta espécies extintas.
O chamado "chip 5D" agora contém a sequência completa do DNA de um ser humano. Há cerca de três bilhões de letras em nosso genoma, e os cientistas sequenciaram cada uma 150 vezes para ter certeza de sua posição. O material do chip é desenhado para sobreviver a condições extremas, ultrapassando a sobrevivência de humanos e outras espécies.
O chip em questão é gravado com imagens que representam os quatro elementos universais — hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio — e as quatro bases da molécula de DNA — adenina, citosina, guanina e timina, bem como seu posicionamento na estrutura de dupla hélice. Junto à posição dos genes nos cromossomos, essas informações dizem tudo que é preciso saber para "construir" um humano.
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Tudo isso foi nomeado, no chip, como "Preservando o Código Genético Humano Para a Eternidade: Quem Quer Viver Para Sempre?". O objetivo é que, num futuro distante, alguma forma de inteligência biológica ou robótica tenha essas informações e, talvez, possa trazer os humanos de volta.
O registro de outras espécies poderá ser colocado no chip futuramente, algo planejado pelos cientistas. Não é possível, atualmente, recriar humanos ou espécies complexas em laboratório, mas, em 2010, já foi criada uma bactéria a partir da síntese de suas informações genéticas, por exemplo.
O chip foi criado pelo Centro de Pesquisa Optoeletrônica da universidade, podendo armazenar até 360 terabytes de dados. Seu material é um cristal equivalente a quartzo fundido, aguentando temperaturas de até 1.000 ºC, impactos de até 10 toneladas por cm² e não perde informações mesmo quando exposto a radiação cósmica. Os dados são escritos em vazios nanoestruturados, com duas dimensões ópticas e três coordenadas espaciais, gerando o termo 5D.
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